sexta-feira, 18 de julho de 2014

Copa 2014 - o placar mais comum - e a moda de gols por jogo.

2x1 - este foi o placar mais comum na Copa, números finais repetidos 15 vezes.

E 3x1? E 4x2? Para saber, basta olhar a tabela.

Na intersecção coluna-linha aparece o número de partidas que terminou com o placar. Placar com número em vermelho significa empate. Exemplo: placares de 2x1 são encontrados na intersecção da linha “2” com  a coluna “1”.



E 2x1 significam três gols, que foi o número de gols que mais se repetiu (a "moda"). Curiosamente, houve mais jogos que terminaram com um ou três gols do que com dois, como se poderia esperar.




Qual foi o

Copa 2014 - o funil - ou o desempenho por continente.

A Copa é um funil e o gráfico mostra o desempenho dos países por confederação.



Concacaf é a confederação que reúne os países da América do Norte, Central, Caribe e, não me pergunte porque, Guiana e Suriname. A Austrália se classificou via eliminatórias da Ásia e, portanto, é considerada um país desse continente.

A primeira fase terminou com um prognóstico pouco alvissareiro para os europeus - mais da metade das seleções do velho continente voltou bem cedo para casa - e estimulante para os países das Américas, com apenas um representante da Concacaf e outro da América do Sul eliminados.

Na segunda fase houve uma regra: duas seleções de cada região foram barradas. Para os africanos, foi o fim da linha.

Nas quartas-de-final, um panorama esperado: europeus e sul-americanos, com a Costa Rica de intrusa - e uma intrusa dura de ser batida e, que como se viu, bateu muito.

No final, nada de novo: apenas europeus e sul-americanos e Argentina e Alemanha mais uma vez fazendo o jogo final.

Copa - classificação final

O desempenho dos países em um gráfico.


Copa: quem bate, leva?

Ainda no espírito de Copa do Mundo: as seleções mais faltosas acabam levando o troco?

Na figura abaixo estão plotados os países, com a média de faltas cometidas e sofridas em cada jogo. Sobre a reta de equilíbrio estariam os países que batem e apanham com igual intensidade. À direita, os países que fazem mais faltas do que sofrem; do lado esquerdo o contrário. Alguma conclusão?



Aparentemente nenhuma relação, mas nota-se a Espanha como a seleção menos faltosa, seguida, por quem diria?, a Argentina e, no lado oposto, Costa Rica, Uruguai (alguém surpreso?) e Holanda.

Na comparação entre número médio de faltas cometidas e cartões recebidos nota-se uma correlação, embora não muito forte. As seleções que cometem mais faltam são, em geral, mais admoestadas com cartões, ou seja bateu, levou cartão. Os países marcados em vermelho são aqueles que tiveram um jogador expulso na competição - nenhum teve dois ou mais jogadores enviados mais cedo para o chuveiro.


Observação sobre o gráfico: o eixo horizontal não começa em zero para facilitar a visualização. Note que há uma marca no eixo indicando que está cortado.

Por fim, será que o número de faltas de um país está relacionado com sua origem? Será que os países africanos ou sul-americanos ou de algum lugar são mais faltosos que outros? Mais um gráfico para ajudar na resposta.



Como se vê, cometer faltas independe da origem.

Imprecisão em gráficos - Pesquisa DataFolha

Hoje foi divulgada a pesquisa do DataFolha das intenções de voto para presidente. No site da Folha de S. Paulo há o gráfico abaixo:


Notou algo de estranho nele?

Ele tem dois erros que levam a distorções na interpretação.
O eixo vertical está cortado, com início distinto de zero como deveria. Começa em 10 e não há indicação disso.
O eixo horizontal trata intervalos diferentes de tempo como iguais.

Refiz o gráfico com os dados originais e tentei manter a formatação. Só não incluí as caricaturas.



Mudou sua percepção?

Veja então uma nova versão com linhas não tão espessas. 


A subida inicial do Aécio se torna menos íngreme, assim como a queda da Dilma. Na verdade, parece que os ganhos e perdas são mais ou menos constantes ao longo do tempo.

As distorções nos gráficos originais não são muito acentuadas, mas precisão é fundamental.

Pode-se achar que a distorção é intencional, mas não subscrevo a suspeita. Acho que é um mesmo um problema de desconhecimento dos princípios de como desenhar um gráfico.


segunda-feira, 14 de julho de 2014

A hora do gol

Neste gráfico, a mesma informação do gráfico do post anterior (o minuto em que os gols foram assinalados), mas em outra forma de visualização.


Em época de Copa do Mundo, nada como utilizá-la como base para falarmos de gráficos.

Em que minutos saíram os gols? Quando o primeiro gol foi marcado? E os cartões, quando foram mostrados? Estas respostas podem ser vistas em um gráfico.

Cada evento (gol e cartão) está assinalado no gráfico, no minuto em ocorreu na partida. Eventos nos acréscimos estão marcados no último minuto regulamentar. Como se nota, gols e cartões saem aos borbotões nos momentos finais.




Bem-vindo a este espaço destinado a discutir gráficos e tabelas.