sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Quem lhe ensinou a fazer gráficos?

A resposta em geral é: ninguém. Embora gráficos sejam ubíquos no mundo atual, presentes em todos os cantos, raramente alguém aprende a fazê-los de modo distinto da tentativa e erro.
Fazer um gráfico se tornou muito fácil desde a popularização de planilhas eletrônicas. Bastam alguns cliques e lá está uma imagem pronta. Mais alguns cliques, mais gráficos. Tão fácil que são produzidos às dúzias. Linhas ou colunas? Pizzas ou barras? Por que não um gráfico de dispersão? Ou de bolhas? Ou talvez uma teia?
A facilidade trouxe benefícios, como poder escolher entre as opções e encontrar relações que ficariam escondidas, mas não veio sem um custo. A abundância trouxe a banalização e como se pode fazê-los de forma automática, sem reflexão prévia, nem posterior, não faltam exemplos de gráficos irrelevantes, sem propósito, distorcidos, além de aberrações estéticas.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Nova pesquisa, novas imprecisões

Foi divulgado hoje o resultado de uma nova pesquisa do Datafolha para as eleições presidenciais e, com isso, novos gráficos para ilustrar os resultados.

O gráfico publicado na Folha da simulação do segundo turno entre Dilma Rousseff e Aécio Neves chama a atenção. Ao contrário do gráfico divulgado na pesquisa anterior, preferiram mostrar apenas as pesquisas de maio para cá. Além disso, o corte no eixo vertical distorce a variação nas intenções de votos dos dois candidatos.

Compare o gráfico publicado com o gráfico refeito e diga: a história contada é a mesma?