quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Gráfico do dia:cortando o eixo

O gráfico abaixo é uma reconstituição de um publicado na revista Exame de 07/2018. A única alteração foi a retirada da legenda dos dados.


Parece que houve uma queda gigantesca dos investimentos das empresas no período de 2012 a 2018.
Compare com o próximo gráfico.


Uma queda expressiva, sem dúvida, mas menos dramática que a evidenciada na figura anterior. Se são os mesmos números, por que há esta discrepância? O que mudou de um gráfico para o outro?
Simplesmente no segundo gráfico o eixo vertical não foi cortado, começando em zero, enquanto no primeiro ele foi cortado e começa em 100.
No gráfico original (abaixo), há a legenda dos dados com os valores aportados em cada ano. Só que a primeira impressão é de uma diminuição muito maior do que a da realidade, que o leitor só perceberia se atentasse aos números na figura.


Um bom gráfico não precisa repetir todos os valores para passar sua mensagem - que no caso é distorcida pelo corte da escala do eixo vertical, ponto já foi abordado em posts anteriores.
Porém, no post anterior havia um exemplo de um gráfico de linhas em que o eixo vertical estava cortado e não começava no zero. Naquele caso, a mensagem era a ultrapassagem do número de mulheres aptas a votar em relação aos homens, que ficaria pouca nítida se fosse mostrada sem o corte do eixo. Além disso, há a indicação no eixo do intervalo mostado. De qualquer forma, na dúvida não corte. 

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