A resposta é simples: a mensagem. Um gráfico existe para passar uma mensagem para o veitor. Se não há mensagem a ser transmitida, qual o motivo de se fazer um gráfico? A pergunta ronda a tautologia, embora muitos gráficos por aí ou deixam mais dúvidas do que respostas ou parecem não ter mensagem alguma.
É importante destacar a dupla função de um gráfico. Na fase de análise não se sabe o que os dados revelarão. Ao transformar os dados em um gráfico, eles poderão confirmar a hipótese original, por mais trivial que seja (por exemplo, que as vendas estão crescendo), desmenti-la, revelar padrões insuspeitos ("será que há sazonalidade nas vendas?") ou gerar novas perguntas. É um trabalho de exploração, em que se brinca com os dados de várias maneiras, até se extrair as conclusões. Um padrão pouco perceptível em um gráfico de linhas pode ficar patente ao se usar colunas empilhadas ou o contrário. Algo que não estava nítido ao se usar barras torna-se evidente em um gráfico de dispersão. Ou que os gráficos não ajudam a explicar nada e é melhor nem utilizá-los
Uma vez definida a mensagem, como desenhar o gráfico para torná-la clara? Linhas ou colunas? Pizzas ou barras? Que cores? Como fazer os eixos? Legenda? As respostas dependem de como o gráfico será utilizado, seguindo os princípios para se fazer gráficos (ver próximo post).
Um gráfico não é uma entidade que existe no vazio. Faz parte de um relatório, de um artigo, de uma apresentação, de um dashboard, etc. Pode ser o centro de uma argumentação ou usado para ilustrar uma questão acessória; o único da espécie ou um de uma série; inédito ou visto todo mês como parte do monitoramento. Seja como for, o gráfico tem um propósito - ou deveria ter. Antes de começar a fazer seu próximo gráfico, pense qual é a sua mensagem e o seu propósito. Se não estiver claro, será que vale a pena usar um?
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